Apelo à ignorância.

memories from 12.04.2012


"Tenho-me deparado com casos um tanto incrédulos onde, por vezes, me apetece fugir para outro planeta, mas é nessa tentativa de fuga que descubro duas coisas: não existe outro planeta, e fugir, tornando invisível a situação, não resolverá nada. A questão é a seguinte: tenho andado a “lutar” há coisa de 3 anos pela intervenção dos jovens no dia á dia, a partir do Parlamento dos Jovens, do Entre Palavras, de projetos escolares, ou até mesmo tendo conversas com alunos mais novos. Em algumas dessas batalhas saio vitoriosa e consigo pegar em “duas ou três almas” e chamá-las à atenção do mundo que existe lá fora e precisa da nossa preocupação, no entanto, também tenho derrotas onde vejo pessoas totalmente desinteressadas sobre aquilo que se passa à sua volta. Eu não sou muito exigente, às vezes só peço uma opinião ou uma sugestão, a resposta é sem dúvida um olhar repugnante ou então um belo: “não quero saber”. Eu sei que nem toda a gente tem “pachorra” para estes assuntos mas acho triste que os jovens não usem os momentos que têm para mudar e deixar o mundo um bocado melhor, isto faz-me um bocado de confusão porque muitas vezes esses momentos até chegam a eles quase que vindos do céu. Não me vou surpreender que daqui a uns anos tenha a imperfeita visão de cidadãos revoltados porque algo não está como eles querem, não me vou admirar, porque sei que eles tiveram muitas oportunidades de o fazer e não o fizeram por o simples facto de existirem coisas (que me ultrapassam) mais importantes que dar um parecer ou uma simples opinião, porém, deixo os meus mais sinceros agradecimentos a todos aqueles que contribuem para melhorar o mundo, mais que não seja, por saberem dizer não quando é preciso dizê-lo e por ficarem suscitáveis quando algo não corre bem. Obrigado por participarem de coração aberto em causas nobres, por se interessarem nas tertúlias politicas e sociais, por lutarem para um futuro melhor, por não desistirem dos nossos direitos e è claro, por cumprirem os vossos deveres."

Sem comentários:

Enviar um comentário