doce

O meu maior medo é que a vida me torne amarga. Que cresça e perca aos poucos os grãos de açúcar que nasceram comigo. Tenho medo de chegar aos 50 anos, aos 60 ou 70 anos e não consiga desfrutar de uma manhã barulhenta por causa dos pássaros ou que não consiga ver a beleza das coisas mais banais. Tenho medo que um dia acorde e viva despercebidamente. No fundo eu só quero ser açúcar toda a minha vida, mesmo bebendo água com limão pela manhã.

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